Craig Reedie, presidente da WADA, comentou as críticas que a entidade recebeu após restabelecer a Rússia, em janeiro
As críticas à decisão da Agência Mundial Antidoping (WADA) de restabelecer a Rússia, após os escândalos de doping, são motivadas mais por forças políticas que preocupações com o esporte limpo, afirmou o presidente da entidade, Craig Reedie, durante evento na Austrália.
Várias Organizações Nacionais Antidoping (NADOs), especialmente a estadunidense (USADA), criticaram a WADA depois que o órgão decidiu eliminar as sanções da RUSADA, Agência Russa Antidoping, em janeiro deste ano.
“A alternativa de alguns NADOs era banir a Rússia para sempre. Fazer isso, na minha opinião, corre o risco deles voltarem aos velhos hábitos. Isso não protege os atletas e não contribui para o esporte limpo. Alguns NADOs pensam apenas politicamente.”
“Vivemos em um mundo político e eles têm direito a seus pontos de vista. Porém, como presidente da organização, devo ver logicamente e legalmente uma maneira de resolver isso”, acrescentou o presidente em entrevista ao Insidethegames.
O Comitê Executivo da WADA (ExCo) realizou uma teleconferência em 22 de janeiro e, com base nas recomendações fornecidas pelo Comitê de Conformidade e Revisão (CRC) da agência, decidiu manter o status de conformidade da RUSADA.
Além disso, o CRC recomendou que o Comitê Executivo não tomasse mais sanções contra a RUSADA. O Comitê Executivo da WADA restabeleceu o status de conformidade da RUSADA em 20 de setembro de 2018, na condição de que os especialistas tivessem acesso à base de dados do Laboratório Antidoping de Moscou.
WADA recupera mais de 2.200 amostras do laboratório de Moscou