Montreal, Canadá – O COI pediu e a Wada atendeu. Após o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, solicitar uma investigação completa sobre o caso Alberto Salazar, a Agência Mundial Antidoping disse que fará um pente-fino nos atletas do extinto Nike Oregon Project (NOP).
“A questão é clara: se alguma das ações de Salazar gerou atletas trapaceando, então isso pode ter influenciado no resultado de competições”, disse à BBC Sport o presidente da Wada, Sir Craig Reedie.
“Precisamos olhar para isso e, assim, faremos.”
Alberto Salazar foi considerado culpado em investigação que apurou o uso de métodos proibidos enquanto esteve à frente do projeto. A Agência Antidoping dos Estados Unidos, Usada, concluiu que ele “orquestrou e facilitou o uso de métodos proibidos” para melhorar a performance de seus atletas.
O estadunidense de 61 anos nega as acusações e diz que vai recorrer da sentença.
Com sede em Beaverton, Oregon, o NOP foi criado em 2001 com o objetivo de ser o lar das estrelas patrocinadas pela Nike. Após o escândalo, a marca encerrou as atividades do NOP, quando a situação se tornou “um fardo injusto” para os atletas do programa.
Mo Farah, quatro vezes campeão olímpico, foi um dos muitos atletas que treinou com Salazar no local. O britânico de 36 anos, no entanto, condenou o ex-técnico e afirmou não tolerar “quem quebra as regras ou ultrapassa os limites (do fair play)“.
Apesar de toda polêmica, as instalações do já extinto Nike Oregon Project serão usadas durante o Mundial de atletismo de 2021. O evento será realizado entre 5 e 15 de agosto.