Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internaciomal (COI), disse que entrou em contato com a Wada, a Agência Antidoping Mundial, para cobrar investigação sobre todos os atletas que treinaram com Alberto Salazar.
Salazar, importante técnico de atletismo, foi suspenso por quatro anos após a Usada, Agência Antidoping dos EUA, concluir que ele “orquestrou e facilitou o uso de métodos proibidos” enquanto esteve àfrente da Nike Oregon project (NOP).
Nesta quinta-feira (3), durante coletiva, Bach afirmou que o caso é “muito preocupante e levanta sérias preocupações sobre a legitimidade” de alguns resultados olímpicos.
“Queremos saber quantos atletas foram investigados. Foram investigados todos os atletas que treinaram no NOP? O relatório aborda todo o período de existência desse projeto ou apenas parte dele? Algum resultado olímpico pode ser afetado direta ou indiretamente?”, explicou o dirigente do COI.
“Pelo que sabemos, os atletas não tinham conhecimento do que acontecia com eles. Esse é um ponto importante ao analisar as sanções, mas a aplicação delas é obrigatória, indepentente do atleta saber ou não”, concluiu.
A Wada disse que não pode comentar publicamente o caso pois ainda não o analisou. O ex-púpilo de Salazar, Mo Farah, que nunca testou positivo em um exame antidoping, disse que “não tolera quem quebra as regras“.
Enquanto isso, Sebastian Coe, presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf), prometeu reprimir os atletas que usaram substâncias proibidas para melhorar o desempenho – incluindo o uso de medicamentos para asma e tireóide que não estejam autorizados pela Wada.