A Agência Mundial Antidoping (Wada) está na cola da Rusada, a Agência Antidoping da Rússia. Como foi informado aqui na Agência Olímpica na última semana, a entidade internacional suspeita que o órgão russo tenha manipulado os dados do laboratório de Moscou antes de entregá-los em janeiro.
Para solucionar esta questão, a Wada dará um prazo de três semanas para a Rússia apresentar suas explicações. Caso seja comprovada a fraude, o país pode ser suspenso novamente e, na pior das hipóteses, perder os Jogos Olímpicos de Tóquio, entre julho e agosto de 2020.
Margarita Pakhnotskaya, diretora-geral da Rusada, nega a informação de que a Wada suspeite da Rússia e afirma que “ela (a Wada) não tirou conclusões após a verificação do banco de dados”. Por outro lado, Michael Ask, chefe do Instituto Nacional das Organizações de Antidoping (iNADO), alegou que o órgão mundial o havia informado sobre a abertura de um processo contra a Rússia.
“Fui informado pela Wada sobre o caso na sexta-feira passada”, começa. “Disseram-me que um processo formal seria instaurado, o que significa que o país teria três semanas para responder as perguntas sobre as imprecisões nos dados coletados em janeiro”, esclarece Ask, que defende novas sanções ao esporte russo.
A Agência Mundial teve acesso ao banco de dados do laboratório russo em janeiro. Em abril, os técnicos da entidade recuperaram mais de 2.200 amostras coletadas de atletas russos entre 2012 e 2015. Os resultados da verificação estão sendo usados para cumprir sanções retroativas em casos positivos. O acesso aos dados era uma das principais condições para a reintegração da Rusada.