O britânico Sebastian Coe continua sendo o presidente da Federação Internacional de Atletismo, a Iaaf. Pelo menos, por mais quatro anos. Nesta quarta-feira (25), ele foi reeleito para o seu segundo mandato à frente da entidade. A eleição foi realizada em Doha, no Catar, sede do Mundial da modalidade, que começa em dois dias.
Ximena Restrepo, Sergey Bubka, Geoffrey Gardner e Nawaf Bin Mohammed Al Saud foram eleitos vice-presidentes.
Candidato único, Coe recebeu o voto de todas as 203 federações nacionais presentes no congresso. Após o resultado, ele comentou que “esta não foi uma jornada fácil”, referindo-se ao primeiro período como presidente da Iaaf. E acrescentou: “Os primeiros anos foram de mudanças, os próximos serão de construção”.
Esta é a segunda decisão importante deliberada no 52º congresso do órgão internacional. Ontem, pela décima primeira vez, a Iaaf votou pela manutenção da suspensão da Rússia em competições internacionais de atletismo.
Além do doping russo, Coe teve de lidar com outra questão polêmica durante sua primeira gestão: atletas com distúrbios da diferenciação sexual (DSD). Ele, na figura da Iaaf, propôs que atletas com DSD que se recusarem a passar por tratamento para baixar hormônios serão excluídos de competições com a chancela do órgão. Foi o que aconteceu com a meio-fundista Caster Semenya.
Sebastian Coe justifica a medida como “necessária para proteger as atletas do sexo feminino”. E reitera que “o mais importante é manter o esporte unido, principalmente o feminino. É isso que importa para mim”.
Sebastian Coe
Sebastian Coe é campeão olímpico dos 1.500 metros em Moscou 1980 e Los Angeles 1984. Presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e ex-deputado conservador em seu país, substituiu há quatro anos no comando da IAAF o senegalês Lamine Diack, que presidiu a entidade de 1999 a 2015.