Scheidt sofre punição, mas segue no top 10 no evento-teste da vela

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O bicampeão olímpico Robert Scheidt teve um dia de altos e baixos nesta segunda-feira, no Read Steady Tokyo, evento-teste para a Olimpíada de 2020. Foram três regatas em Enoshima, no Japão, com direito a um 21°, um 5° lugar e a desclassificação em função de penalidade na terceira e última prova da programação. Apesar da frustração com a eliminação, o brasileiro manteve a décima posição, com 57 pontos perdidos. Nesta terça-feira, ele volta ao mar para as duas penúltimas regatas da competição.

Scheidt foi obrigado a se retirar da terceira regata desta segunda-feira em função da segunda punição pela regra 42, na qual os juízes entendem que o velejador usou o movimento do corpo para aumentar a velocidade do barco, ação conhecida por bombear.

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“Eu havia levado uma bandeira amarela no domingo e agora mais uma. Estou bem chateado com essa situação, porque nos três eventos que participei nesse ano, nunca sofri esse tipo penalidade por esse regra. E sigo velejando do mesmo jeito. Ainda faltam quatro regatas e agora preciso tentar entender em que ponto o júri está interpretando o regulamento e o que preciso mudar para isso não ocorrer mais”, explicou o velejador.

Apesar de se manter no top 10, Scheidt sabe que terá dificuldades para garantir um lugar na medal race:

“Essa punição impediu que eu subisse na classificação geral. O pior é que eu estava velejando de forma super conservadora, afinal, eu sabia que seria desclassificado caso tomasse a segunda bandeira amarela. Agora é continuar tentando fazer o meu melhor aqui em Enoshima e também aproveitar esses dois últimos dias também como um treino de luxo na raia olímpica.”

Robert está classificado para os Jogos de Tóquio e é o único brasileiro entre os 35 barcos que disputam o evento-teste em Enoshima. Porém, ainda precisa esperar a convocação final para a delegação brasileira para confirmar presença na Olimpíada de 2020. De acordo com o critério da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), ele só perde a vaga se outro atleta do Brasil subir ao pódio no Mundial da Laser em 2020.

Apesar de dois dias duros, a disputa começou bem para Scheidt. Nas primeiras regatas, sábado, ele cruzou a linha de chegada em 8° e 6° lugares. No domingo, ele vinha bem na única prova disputada em função do vento fraco até sofrer a penalidade pela regra 42. Com isso, perdeu posição e cruzou a linha de chegada em 17°. O saldo positivo é que, apesar dessas dificuldades, ele segue velejando de forma consistente e não deixou o top 10 da classificação geral em nenhum momento.

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Gabriel Lima
Gabriel Lima
Gabriel Lima é jornalista, formado pela Universidade Federal do Pará. Já participou da cobertura dos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, 2018. Na ocasião, esteve responsável pelas notícias e atualizações da ginástica artística.

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