A questão foi discutida na 134º sessão do Comitê Olímpico Internacional, que acontece na sede da entidade, em Lausanne
O Comitê Olímpico Internacional (COI) pretender mudar o processo de escolha das cidades anfitriãs dos futuros Jogos Olímpicos, afirmou o presidente da entidade, Thomas Bach, nesta terça-feira, 25, durante a 134º sessão da entidade.
Bach reconheceu que seria impensável para o fundador do COI, o barão francês Pierre de Coubertin, definir a organização dos Jogos com 11 anos de antecedência, como ocorreu com a escolha de Los Angeles para hospedar o evento em 2028.
Atualmente, a carta olímpica prevê a atribuição com sete anos de antecedência, como ocorreu ontem, 24, com a escolha de Milão e Cortina d”Ampezzo, na Itália, para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026.
Coubertin também acharia “inconcebível ver o interesse manifestado para receber os Jogos Olímpicos 17 anos antes, como acontece agora com 2032 e 2036”, acrescentou o presidente do órgão, no segundo dia da reunião.
Todas estas mudanças são necessárias para garantir a sustentabilidade dos Jogos. As cidades não querem mais receber o evento. Para a corrida olímpica de 2026, que terminou ontem com a vitória da candidatura italiana, cinco cidades abandonaram a disputa, alegando falta de dinheiro.
Na próxima quarta-feira, a assembleia olímpica deve analisar as propostas de reforma dos processos de candidatura, que poderá aumentar o poder da administração do COI na escolha das cidades e reduzir as incertezas das campanhas, tendo em vista a redução de gastos.
Antes de qualquer candidatura, o COI pretende ainda solicitar às cidades interessadas a realização de um referendo, sempre que a legislação permitir.