Lausanne, Suíça – Apesar da recomendação da Wada (Agência Mundial Antidoping), o COI (Comitê Olímpico Internacional) já sinalizou que não vai suspender completamente a Rússia. Em comunicado emitido neste sábado (7), após reunião da alta cúpula da entidade, o COI afirmou que “condena fortemente” a atitude do país, mas descartou a possibilidade de exclusão dos atletas russos das Olimpíadas de 2020.
“Condenamos fortemente os responsáveis pela manipulação nos dados do Laboratório de Moscou (sede da agência antidoping local) antes de serem repassados à Wada, em janeiro”, lê-se. “Trata-se de um grave ataque ao esporte e essas ações devem levar à sanções mais duras contra os responsáveis. Entendemos que a justiça deva ser feita para que os culpados possam ser punidos e os inocentes protegidos”.
O texto acrescenta que “às autoridades russas foi solicitada a entrega dos dados brutos nos quais este caso se baseia” e que “somente a fornecimento deste material, devidamente autenticado, garantirá que a justiça seja feita, com os culpados devidamente punidos e a nova geração de atletas russos livre e protegida de qualquer suspeita”.
A Rússia foi considerada culpada em investigação sobre manipulação de amostras antidoping e declarada como não estando em conformidade com os padrões internacionais de governança pela Wada. O órgão mundial de combate ao doping recomendou, portanto, que o país seja banido de toda competição esportiva internacional e impedida de sediar eventos por quatro anos.
As partes interessadas, incluindo o COI, a Wada e a Rusada (Agência Antidoping da Rússia), se reunirão na próxima segunda-feira (9) em Paris para deliberar sobre esta questão.