Nadadora baiana soma agora dez pódios. São quatro ouros, duas pratas e quatro bronzes
A baiana Ana Marcela Cunha já era um fenômeno das maratonas aquáticas antes mesmo de desembarcar na Coreia do Sul para o Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju. Na manhã desta quarta-feira, 17, no horário local, a nadadora elevou o status de sua carreira.
Com 57min56s0, Ana Marcela Cunha conquistou a medalha de ouro na prova de 5km nas águas na baía do Yeosu Expo Ocean Park, na cidade de Yeosu, palco das provas das maratonas aquáticas no Mundial. A outra brasileira na prova, Viviane Jungblut, terminou em 21º, com 58min17s4. A prata ficou com a francesa Aurelie Muller, com 57min57s0, e o bronze foi para a norte-americana Hannah Moore, que fechou o pódio com 57min58s0.
O resultado isolou Ana Marcela como a maior campeã da história em mundiais na modalidade. Ela deixou para trás a holandesa Edith Van Dijk, atleta já aposentada e que tem três ouros, duas pratas e quatro bronzes em mundiais, as mesmas medalhas que Ana Marcela tinha antes do título nos 5km de hoje.
“Estou muito feliz. Não é a prova que a gente mais esperava uma medalha, mas ela veio”, comemorou Ana Marcela, que também falou sobre o fato de ser tetracampeã mundial. “Eu nunca imaginei isso. Eu não fico pensando: ‘Eu preciso ser tetra, preciso ser penta, preciso ser hexa”. Eu só quero dar o melhor e sair da água realizada. É isso que faço a cada prova e acho que as coisas vão acontecendo!”.
Sobre ter se tornado a maior campeã da história em mundiais, Ana Marcela também mostrou naturalidade. “Eu me sinto normal e continuo sendo a Ana Marcela que, em 2006, competiu no Mundial de Nápoles, com 14 anos. São 13 anos de Seleção e apenas em uma competição a gente ficou de fora, que foram as Olimpíadas de 2012. É um currículo e tanto. Sou a única em atividade a ser eleita para o Hall of Fame, então para mim é um orgulho grande, mas nada disso chega na minha cabeça”, afirmou pouco depois de sair da água.