O nadador chinês Sun Yang será julgado, como ele próprio queria, à portas abertas pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) na apelação feita pela Wada, a Agência Mundial Antidoping, no polêmico caso envolvendo o nadador e uma equipe de coleta de material em setembro de 2018. Caso seja condenado, Yang pode ficar de fora dos próximos Jogos Olímpicos.
A audiência, inicialmente marcada para setembro, precisou ser adiada “devido a circunstâncias pessoais inesperadas”. O CAS acredita que ela será realizada na Suíça, mas é “improvável que seja antes do final de outubro”, informou a entidade nesta terça-feira (20).
Sun Yang é apenas o segundo atleta a ser julgado em uma audiência aberta ao público em mais de 35 anos de existência da corte. Anteriormente, em 1999, a nadadora Michelle Smith também optou por não ter um julgamento a portas fechadas. Na época, ela foi condenada a quatro anos de suspensão por doping, o que pôs fim a sua carreira como atleta profissional.
A Wada apelou sobre a decisão da Fina (Federação Internacional de Natação) de absolver o chinês em um suposto caso de violação antidoping. Em setembro de 2018, Sun se recusou a fornecer material para uma equipe antidoping que foi até sua casa, na China. Ele quebrou o material com um martelo e rasgou as credenciais da equipe. O nadador se defendeu dizendo que a equipe não cumpria os critérios de segurança e por isso não realizou os exames. A Fina aceitou as desculpas, mas a Wada não, que entrou com recurso, em janeiro deste ano, contra a Fina e Sun.