O Grande Prêmio da Holanda ocorreu neste domingo (27). Com autódromo de Zandvoort lotado e muita chuva, a corrida não deixou a desejar e foi bastante agitada.
Como de costume nessa temporada, em casa, Max Verstappen fez a alegria dos holandeses e venceu o GP. Fernando Alonso, da Aston Martin, voltou para o pódio, assim como Pierre Gasly, da Alpine, que não ficava entre os três primeiros colados desde 2021.
Com a vitória de Verstappen, o piloto da RBR segue inabalável no campeonato, mais líder do que nunca e cada vez mais próximo do terceiro título mundial da carreira.
Verstappen conquistou a 11º triunfos na temporada e o nono seguido, assim, o piloto de apenas 25 anos iguala o recorde de mais vitórias consecutivas na F1 de Sebastian Vettel, que perdurava desde 2013, quando o alemão corria também pela RBR.
Max Verstappen matches Sebastian Vettel's record of 9 consecutive wins 👏🏆 pic.twitter.com/AMO4ymXKrQ
— ESPN F1 (@ESPNF1) August 27, 2023
Como foi a corrida
A corrida começou bastante agitada, com todos os pilotos de pneu macio – menos Lewis Hamilton que apostou nos médios. Verstappen largou da ponta e manteve a posição. No entanto, a chuva logo apareceu e boa parte do grid entrou no box para colocar os pneus intermediários – incluindo Sergio Pérez, que havia largado de sétimo -, já na segunda volta.
Max ficou mais tempo na pista e foi superado pelo companheiro de equipe. Contudo, mostrando porquê é o líder e está quebrando todos os recordes que vê pela frente, Verstappen tirou a vantagem de 10s que o mexicano tinha e assumiu a ponta novamente.
O holandês liderou toda prova e não foi ameaçado novamente – só pela chuva. No final da prova, ele demorou para adotar os pneus de chuva estrema e quase se complicou, mas, manteve a liderança. Após uma bandeira vermelha que durou 43 minutos, Alonso ensaiou um ataque, que Max segurou com maestria.
Estratégias erradas
A Mercedes foi uma das equipes que erraram na estratégia de corrida. O time demorou a chamar Hamilton e George Russell, que estavam de compostos médios e macios.
Assim, Russell que largou de terceiro, caiu para 17º e Hamilton, que estava em 13º, chegou a ficar em último. Apesar disso, com a inconsistência do tempo, varias paradas no box precisaram ser feitas e os pilotos da Mercedes conseguiram se recuperar, fazendo boas ultrapassagens.
Hamilton escalou o grid e terminou em sexto, por pouco não conseguiu superar Carlos Sainz que ficou em quinto. Apesar da resiliência de George, o piloto inglês acabou tocando em Norris no final da corrida, quando disputavam a sétima colocação e teve de abandonar a prova.
Lando Norris também foi prejudicado pela demorar para parar. Depois de ter largado em segundo, o piloto da McLaren terminou em sétimo.
Resultado final do GP da Holanda
RACE CLASSIFICATION (LAP 72/72)
Verstappen scores a hat-trick of wins at his home race, Alonso takes his seventh podium of 2023 👏👏👏#DutchGP #F1 pic.twitter.com/mNjKrnhmw2
— Formula 1 (@F1) August 27, 2023
Ferrari
Logo no início da corrida, todos foram para o box colocar os pneus intermediários, a Ferrari também chamou seus pilotos para fazer a troca. No entanto, a equipe italiana – a mais tradicional do grid da F1 – errou mais uma vez no pit de Charles Leclerc.
O time simplesmente “esqueceu” de colocar os pneus em posição e quando o monegasco chegou no pit os mecânicos correram para pegar os compostos, fazendo com que ele perdesse muito tempo na parada. Além disso, a corrida de Charles ainda foi afetada por um contato com Oscar Piastri, da McLaren, que ocorreu na largada. O incidente afetou o bico e o assoalho. Leclerc abandonou a prova antes do final.
🤡 🤡🤡🤡 pic.twitter.com/9HBHAFVrx9
— F1 TROLL (@f1trollofficial) August 27, 2023
Instabilidade no tempo e surpresas
A chuva de fato foi um super ingrediente no GP da Holanda. A prova foi um festival de trocas de posições e muita movimentação.
Acertando na estratégia de Pierre Gasly, a Alpine viu o piloto largar de 12º e terminar em terceiro – com a ajudinha de Pérez que foi penalizado em 5 segundos por excesso de velocidade no pit wall. Em uma prova consistente e sem erros o francês conseguiu o primeiro pódio desde 2021.
Alexander Albon, especialista em economizar pneus, se manteve na pista com compostos macios, mesmo com a chuva. O piloto da Williams chegou a cair para as últimas posições, mas se segurou e quando a pista secou novamente e todos pararam, o tailandês subiu para o top 10 novamente.
Albon só parou após a metade da prova e colocou médios. No final, o piloto deu à Williams o oitavo lugar e mais quatro pontos no campeonato.
Outra surpresa foi a estreia de Liam Lawson. O neozelandês fez a primeira corrida na F1 neste GP, ele substitui Daniel Riccardo que machucou o pulso no TL2 de sexta-feira (26).
O estreante conseguiu fazer uma prova sem muitos erros e ficou em 13º, enquanto que Yuki Tsunoda terminou em 16º.
Além disso, Fernando Alonso aprovou as atualizações da Aston Martin e voltou a brigar por posições na frente. O bicampeão estava vindo de corridas apagadas por conta da falta de evolução do carro. Na Holanda, o espanhol fez uma corrida impecável e terminou em segundo.
Bandeira vermelha
O final de semana foi inconsistente para Logan Sargent, mas, o norte-americano conseguiu a melhor posição de largada – o 10º lugar. Contudo, o piloto acabou batendo na curva nove, na 16º volta da corrida, e provocou o primeiro safety car da prova.
O piloto ficou desolado e passou a corrida inteira sentado em uma cadeira isolado.
Faltando 11 voltas para o fim da prova, quando parecia que a corrida já estava estabilizada, a chuva voltou novamente e dessa vez bem forte. Pérez parou e uma coisa rara aconteceu: a RBR errou no pit stop e a parada do mexicano durou mais de 10 segundos.
Guanya Zhou escapou da pista e bateu. O safety car foi acionado, mas como faltavam poucas voltas para o fim e a chuva estava intensa, a direção de prova decidiu dar bandeira vermelha.
Após 43 minutos, a corrida retornou e teve a relargada com os carros em movimento. Assim, para Max Verstappen foi sói administrar a ponta e vencer.
Agenda
A 14º etapa da Fórmula 1 será no tradicional circuito de Monza, na Itália, no dia 3 de setembro.