Ministra dos esportes do país, Tokozile Xasa, afirmou que Semenya “é a nossa menina de ouro”
O governo sul-africano considera que a decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) de indeferir o recurso de Caster Semenya mina os “direitos humanos dos atletas”.
“Enquanto governo sul-africano, sempre defendemos que este regulamento da IAAF mina os direitos humanos e a dignidade de Caster Semenya e de outras atletas”, diz o comunicado da ministra dos esportes, Tokozile Xasa.
O TAS rejeitou o recurso de Caster Semenya contra os regulamentos da IAAF, que forçam as mulheres com hiperandrogenismo (altos níveis de testosterona no sangue) a tomar medicação para reduzir esses valores, para poderem continuar a competir nas provas do meio-fundo feminino.
“Você ainda é a nossa menina de ouro Caster Semenya. O que você tem feito para o nosso povo e pela nossa juventude é imensurável. Levantou a nossa bandeira, juntou-se a uma nação e inspirou está menina rural. Por isso, obrigado”, continuou Xasa.
In conclusion, Minister Xasa: You remain our Golden Girl #CasterSemenya, what you have done for our people and girls is enormous. You have flown our flag high, you have united a nation and inspired a rural girl. For that we thank you Mokgadi. #WeAreCasterSemenya pic.twitter.com/sUkjIf0zAC
— South African Government (@GovernmentZA) May 1, 2019
O Comité Olímpico da África do Sul (SASCOC) está “desanimado” com esta decisão e sublinhou, via Twitter, que Caster continua a ser o porta-estandarte da sua equipa de atletismo, bem como “um símbolo de orgulho nacional”.
Em abril do ano passado, a IAAF elaborou uma nova regra que determinava que atletas com “diferenças de desenvolvimento sexual”, as DSD, deveriam reduzir a taxa de testosterona para participar de provas oficiais de até 1.500m. A entidade máxima do atletismo alega que as taxas de testosterona influenciam em corridas de longas distâncias, por aumentar a exploração muscular. Semenya possui hiperandrogenismo, condição caracterizada pela produção excessiva de testosterona, o hormônio “masculino”.