Atletas trans que desejam disputar competições oficiais de atletismo deverão diminuir ainda mais os níveis de testosterona. Foi o que deliberou a Iaaf, Associação Internacional de Atletismo, em reunião do conselho executivo, em Doha, Catar.
Segundo o texto divulgado nesta segunda-feira (14) pela entidade, a concentração de testosterona de uma atleta terá que ser inferior a cinco nanomols por litro de sangue. O limite anterior era de 10 nanomoles.
A mudança alinha o regulamento com o que se aplica a atletas com diferenças de desenvolvimento sexual (DSD), como a campeã olímpica sul-africana Caster Semenya, suspensa pelo órgão por se recusar a acatar as novas regras.
“De acordo com o novo regulamento, uma atleta transexual não precisa mais ter seu novo gênero reconhecido por lei. Porém, deve fornecer uma declaração assinada de que sua identidade de gênero é feminina”, lê-se no documento.
“Ela (a atleta) deve demonstrar que a concentração de testosterona em seu soro é inferior a 5nmol/L continuamente por um período de pelo menos 12 meses antes de ser declarada apta e deve manter este valor se quiser continuar elegível”.