A delegação norueguesa de atletismo saiu do Qatari Ezdan Hotel, onde deveria permanecer até o final do Campeonato Mundial de atletismo, em Doha, devido a casos de intoxicação alimentar em massa, informou a agência de notícias russa Tass.
Um membro da delegação russa, não identificado na reportagem, comentou que o hotel não está à altura de um Mundial, dizendo que “as instalações são terríveis. O primeiro andar é todo coberto de ouro, enquanto o restante é um barraco total. A comida é completamente intragável”, declarou.
“Naturalmente, os noruegueses que foram envenenados se mudaram para outro hotel. Posso afirmar inequivocamente que as condições e a qualidade dos alimentos não estão à altura de uma competição deste nível. Acho que a Iaaf [Associação Internacional das Federações de Atletismo] deveria tratar imediatamente da situação”.
Apesar do descontentamento com a estrutura, a equipe russa não expressou desejo de mudar de hotel, disse Yelena Orlova, porta-voz do país. “Graças a Deus, está tudo bem aqui! Todo mundo está se preparando para suas competições, tudo está ótimo. Obviamente poderia ser melhor, mas vamos continuar aqui”, disse Orlova.
Com a negativa da Iaaf em restabelecer a Rússia, apenas 30 atletas do país foram autorizados a disputar a competição. No entanto, eles o farão sob o status de atletas neutros.
A Rússia foi banida em 2015 das competições de atletismo sob a chancela da Iaaf desde que um escândalo de doping explodiu no país. Esta foi a décima primeira vez que a entidade recusou o pedido do país.
Doha 2019
A 17ª edição do Mundial de atletismo será realizado entre os dias 27 de setembro e 6 de outubro, em Doha, capital do Catar. O Brasil compete com uma delegação de 44 atletas, com destaque para Darlan Romani (do lançamento de peso), Thiago Braz (salto com vara), Caio Bonfim e Erica Sena (marcha atlética).