Campeã olímpica em Londres 2012, a paratleta belga Marieke Vervoort morreu nesta terça-feira (22), aos 40 anos, por meio de eutanásia, depois de lutar contra uma doença muscular degenerativa.
A velocista de cadeira de rodas, que também disputou as Olimpíadas do Rio de Janeiro, sofria de tetraplegia degenerativa, condição que causa dores constantes, convulsões e paralisia nas pernas.
Em 2008, Marieke assinou documentos legais que permitiam que os médicos pusessem fim à sua vida. A decisão reacendeu o debate sobre suicídio assistido, prática legalizada na Bélgica desde 2012, para todos que exibem uma condição incurável, dor intolerável, capacidade racional de tomada de decisão e o consentimento de dois médicos.
Em sua postagem final no Instagram, há quatro dias, Marieke postou uma foto sua e a seguinte legenda: “Não podemos esquecer as boas lembranças”.
https://www.instagram.com/p/B3x0kvcH4ud/
Em entrevista em 2016 ela afirmou que estava com tudo pronto para quando decidisse pela morte assistida. “Quando chegar o momento em que tenho mais dias ruins do que bons dias, tenho meus documentos de eutanásia, mas ainda não chegou a hora”, disse ela pouco após os jogos no Rio.
Em 2017, no entanto, Marieke Vervoort chegou a declarar que as dores constantes estavam se tornando insuportáveis.