Mesmo sem pódio, Brasil comemora campanha na Olimpíada de Lausanne 2020

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Lausanne, Suíça – Embora não tenha conquistado medalha na Olimpíada de Lausanne 2020, o Time Brasil tem muito o que comemorar. Com uma delegação recorde, o país teve desempenhos importantes no snowboard cross, no esqui cross-country e no curling, além da estreia no biatlo em Jogos Olímpicos da Juventude.

Quem desempenhou papel fundamental nesta competição foi o Comitê Olímpico do Brasil (COB), que ofereceu uma estrutura digna de Olimpíada adulta aos 12 jovens atletas que representaram o país. Ao todo, 18 profissionais trabalharam na missão desde o dia 3 de janeiro.

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“Como chefe de missão, estou muito orgulhoso pelo trabalho desenvolvido aqui. Tivemos pessoas atuando na logística, operações, desempenho esportivo, área médica, comunicação, além, é claro, de toda uma equipe técnica. Isso tudo ajudou para que os meninos e meninas do Brasil tivessem um bom desempenho esportivo e vivessem uma experiência incrível”, disse Matheus Figueiredo.

O esqui cross-country foi a modalidade em que o Brasil mais evoluiu desde a Olimpíada da juventude de Lillehammer, há quatro anos. Em 2016, o país tinha apenas um representante; este ano foram quatro: Manex Silva, Rhaick Bomfim, Taynara da Silva e Eduarda Ribera –, com a primeira participação feminina. Além disso, o país teve o melhor desempenho sul-americano em todas as provas disputadas, com melhores colocações e o recorde de pontos em todas as provas disputadas.

Mesmo sem pódio, Brasil comemora campanha na Olimpíada de Lausanne 2020
Manex Silva conquistou o melhor resultado do Brasil em provas de cross em Jogos da Juventude. Foto: Valter França/COB

“Manex e Rhaick mostraram que estão com boa performance tanto nas provas de sprint quanto de distância. Fizeram disputas muito equilibradas. As meninas fizeram a estreia, que ficou dentro do esperado. A participação em Lausanne será muito importante para o desenvolvimento deles como atletas”, disse o técnico Leandro Ribela.

Taynara da Silva ainda foi responsável pela estreia do Brasil no biatlo feminino. Outra modalidade que participou pela primeira vez nos Jogos Olímpicos da Juventude foi o snowboard cross, com Noah Bethônico. O atleta de 16 anos ficou na 11ª colocação, dois pontos abaixo da linha dos oito avançavam para a semifinal, e a melhor colocação entre os atletas brasileiros em Lausanne 2020.

No curling, o Brasil estabeleceu novas marcas com o time formado por Vitor Melo, Michael Velve, Gabriela Rogic Farias e Letícia Cid. Foi a primeira vez que a equipe mista marcou pontos em todos os jogos em uma competição internacional e ainda quebrou os recordes de pontos marcados em uma mesma partida, na derrota de 12 a 3 para Dinamarca.

Ainda nos esportes de gelo, o Brasil foi o único país latino-americano a ter atletas disputando o bobsled e o skeleton, no caso Gustavo Ferreira, Larissa Cândido e Lucas Oliveira, que ficaram na sede de St Moritz, a cerca de 420 km da sede principal.

“Não tenho dúvidas de que o Time Brasil encerra essa missão cumprindo todos os objetivos traçados e mais preparados para os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022”, completou Matheus.

Gabriel Lima
Gabriel Lima
Gabriel Lima é jornalista, formado pela Universidade Federal do Pará. Já participou da cobertura dos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, 2018. Na ocasião, esteve responsável pelas notícias e atualizações da ginástica artística.

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