De olho nos 1500 m, Katie Ledecky quer fazer história em Tóquio 2020

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San Antonio, EUA – A nadadora norte-americana Katie Ledecky, cinco vezes campeã olímpica, está superando as incertezas da pandemia de coronavírus com o objetivo de fazer história nos Jogos de Tóquio.

Grande nome do nado livre, com 15 títulos mundiais desde sua estreia em torneios desse nível, em 2013, Ledecky precisou se adaptar aos desafios impostos pela pandemia. Ela, no entanto, afirma que seus objetivos seguem inalterados.

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“Sinto-me muito bem com as minhas metas e sinto que elas ainda podem ser realizadas este ano”, disse a nadadora de 23 anos em uma videochamada enquanto se preparava para uma competição esta semana em San Antonio, Texas.

É mais um passo na caminhada até Tóquio, onde Ledecky espera ser a primeira mulher campeã olímpica nos 1500 metros nado livre.

“Estou muito empolgada que os 1500 livres estarão na Olimpíada pela primeira vez para as mulheres”.

“Eu conheço a história das nadadoras de estilo livre feminino dos Estados Unidos e sei que muitas delas não tiveram as oportunidades que eu tive”, disse Ledecky, que também vai nadar os 200m, 400m e 800m livres e o revezamento 4x200m livre.

“Portanto, vou aproveitar a oportunidade e, com sorte, fazer com que a equipe dos EUA comece da maneira certa.”

“Será uma Olimpíada diferente”, avalia Ledecky, que disputou os Jogos de Londres 2012 e Rio 2016. “Vai ter uma aparência e uma sensação diferentes”.

Katie Ledecky durante entrevista ao ‘Today’, em 2016, com suas medalhas olímpicas. Foto: US TODAY

“Estou tentando aprender o máximo que posso sobre os protocolos que estarão em vigor para que nada me pegue de surpresa e eu possa ter as melhores performances que posso ter.”

Ledecky espera que ela e outros membros da equipe dos EUA tenham sido vacinados contra Covid até lá, mas ela não vai furar a fila para ser vacinada.

“Eu sinto fortemente que todos nós temos que conseguir quando for a nossa vez”, disse ela. “Eu realmente espero que seja logo para todos nós.”

E, apesar da vacina, “vamos ter que fazer exatamente as mesmas coisas: usar máscara, distanciar, testar”.

Ledecky também evita pensar que os Jogos possam ser novamente adiados ou até cancelados.

Um jornal inglês noticiou, no fim do mês passado, que os organizadores haviam decidido pelo cancelamento do megaevento, fato que foi desmentido pelo comitê local e o COI.

“Estou me preparando como se os Jogos estivessem começando e tento não pensar em todas as especulações”, disse Ledecky. “É difícil bloquear tudo, mas estou muito focada”.

“Não quero ir para Tóquio e me arrepender do meu treinamento ou preparação.”

Os Jogos Olímpicos estão programados para ocorrer entre 23 de julho e 8 de agosto.

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Gabriel Lima
Gabriel Lima
Gabriel Lima é jornalista, formado pela Universidade Federal do Pará. Já participou da cobertura dos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, 2018. Na ocasião, esteve responsável pelas notícias e atualizações da ginástica artística.

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