Lochte mentiu, em 2016, ao afirmar que foi assaltado por dois homens durante os Jogos Olímpicos.
O nadador estadunidense Ryan Lochte, seis vezes campeão olímpico e 17 vezes campeão do mundo, teve o pedido de habeas corpus negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Robero Barroso. O nadador foi processado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e é réu na ação movida por falsa comunicação de crime, após relatar à imprensa internacional que foi assaltado durante os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto de 2016. Mais de dois anos depois, nada foi resolvido.
Na ocasião, Lochte afirmou que ele e dois amigos foram abordados por dois homens, que os ameaçaram com uma arma, na volta para a vila olímpica, após participarem de uma festa. O trio teve seus pertences roubados e a dupla fugiu logo após cometer o suposto crime, segundo a versão dada por Lochte à NBC. No entando, a investigação da Delegacia Especial de Apoio ao Turista da Polícia Civil mostrou que o nadador e seus amigos mentiram, pois os três estavam em outro lugar no horário em que relataram terem sofrido o crime.
No dia seguinte à falsa acusação, Lochte retornou aos Estados Unidos e, posteriormente, com a polícia apresentando provas de que tudo era uma farsa, pediu desculpas, afirmando que foi “imaturo” e “deveria ter sido mais cuidadoso e sincero”. Apesar de tudo, Lochte afirmou que não mentiu, mas “exagerou”. A defesa do nadador alega que ele não pode ser acusado por um crime que não cometeu, “já que a polícia teve conhecimento do ocorrido através da imprensa e não por por uma acusação formal feita por ele”.
Após a confusão, Lochte perdeu todos os seus patrocínios e foi suspenso por dez meses pelo Comitê Olímpico Estadunidense. O prejuízo destas sanções foi estimado em mais de 10 milhões de reais, segundo a Forbes.