A Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) mantém a suspensão dos atletas da Federação Russa por causa dos escândalos de dopagem envolvendo o país.
Desde 2015, quando os primeiros casos de doping patrocinados pelo alto escalão do governo de Moscou chegaram à imprensa, os atletas russos estão suspensos de competições internacionais organizadas pela IAAF. O atletismo da Rússia deixou, inclusive, de participar dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
Apesar da Agência Mundial Antidopagem (WADA) já ter reestabelecido a Agência Antidoping da Rússia, a Federação Internacional de Atletismo alega que ainda “não existem condições” para o país participar de competições oficiais da modalidade. “Não foram recuperados os dados do laboratório de Moscou e não houve qualquer reembolso dos custos gerados pelo escândalo”, acrescentou a IAAF após reunião que aconteceu nesta terça-feira (4) em Mônaco.
A entidade anunciou duas condições para a Rússia ser reintegrada. Ela quer que o país pague a conta, incluindo custos legais, advindos da crise de doping no país. Ele também quer ter acesso a um banco de dados da Agência Russa Antidoping que pode denunciar outros atletas suspeitos de doping.
Entenda
Em novembro de 2015, a WADA publicou um relatório com mais de 300 páginas, elaborado após a investigação de uma comissão independente da agência, que revelou um sistema de dopagem instucionalizado e amparado, inclusive, por membros do governo russo e da Federação Internacional de Atletismo. As informações, reveladas no dossiê de mais de 300 páginas, davam conta que os atletas e os técnicos também tinha conhecimento da ilegalidade das drogas injetadas pela RUSADA (Agência Nacional Anti-Doping da Rússia), organização que deveria controlar e coibir esse tipo de comportamento.
Os atletas russos foram banidos dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 e impedidos de participar de importantes eventos esportivos nos últimos anos, como Campeonatos Mundiais e até dos Jogos Olímpicos de Inverno esse ano.