Lausanne, Suíça — A longa novela envolvendo os casos de doping e manipulação de dados laboratoriais no esporte russo teve um assertivo fim na manhã desta segunda-feira (9). A Wada, a Agência Mundial Antidoping, baniu o país de competições internacionais pelos próximos quatro anos. Os russos têm 21 dias para entrar com recurso contra a decisão.
A sanção foi decidida de forma unânime pelo comitê executivo da entidade, em reunião em Lausanne, na Suíça. Com isso, o país fica fora da Olimpíada de Tóquio, em 2020, dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, em Pequim, e da Copa do Mundo de 2022, no Catar. Os atletas limpos serão autorizados a competir sob bandeira neutra.
A Wada concluiu que os russos alteraram dados laboratoriais sem autorização, plantaram evidências falsas e apagaram arquivos conclusivos a possíveis casos de doping.
Em 2016, durante os Jogos do Rio, o país sofreu sanções pelo mesmo motivo. Naquela ocasião, entretanto, os atletas russos puderam competir sob a bandeira nacional. O que não ocorreu dois anos depois, nas Olimpíadas de inverno de Peyongchang, quando a delegação do país competiu sob bandeira neutra.
O escândalo começou em 2015, quando surgiram evidências de casos de doping em massa no esporte do país. A Agência Antidoping do país, a Rusada, foi suspensa naquele ano.
Sede da última Copa do Mundo, a Rússia fica proibida de sediar eventos esportivos internacionais durante o período de punição. Seus dirigentes esportivos estão proibidos de frequentar tais eventos. Em caso de recurso, o julgamento será levado ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).
Resumo da história:
- Rússia entrega material exigido pela Wada;
- Wada encontra indícios de fraude e abre inquérito para apurar o caso;
- Meses depois, Wada declara Rússia culpada e decide suspendê-la;