Mesmo sem subir ao pódio na competição do pentatlo moderno dos Jogos Pan-Americanos de Lima, a carioca Iêda Guimarães tem muito o que comemorar. Ela terminou em quarto na final e garantiu vaga na Olimpíada de Tóquio, ano que vem, por ter sido a melhor sul-americana da prova.
Como a vaga é nominal, segundo as regras da CBPM (Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno), Iêda terá um ano de preparação dedicada aos Jogos Olímpicos de 2020.
“Não sei o que pensar. A ficha não cai de primeira, mas estou muito feliz. Eu me emocionei muito ao fim da prova. Já são nove anos de pentatlo, treinando bastante e abdicando de vida social e outras coisas. Valeu a pena”, disse Iêda, após a prova.
Quem também comemorou a classificação da carioca foi Yane Marques, medalhista de bronze em Londres 2012, que acompanhou a prova ao vivo na Escola Militar de Chorrilos.
“Foi uma prova forte e mais tensa por causa da classificação olímpica. Para o Brasil, é muito importante essa vaga, mantém o pentatlo relevante e na mídia. Quanto a Iêda, é uma menina que faz parte de uma geração bem jovem e que já colhe bons resultados. Ela tem potencial, é habilidosa e coordenada. Mas ainda pode melhorar.”
Com apenas 18 anos, Iêda Guimarães tem um currículo forte. Ano passado, por exemplo, representou o Brasil na Olimpíada da Juventude de Buenos Aires, na qual terminou em 17º, e faturou duas medalhas nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba: ouro no revezamento misto e bronze no individual.
Com a vaga conquistada por Iêda, o Brasil chegou a 46 atletas classificados para Tóquio 2020. Ela se junta ao futebol feminino, ao rugby de 7 feminino, a Ana Marcela Cunha (maratona aquática), aos revezamentos 4x100m e 4x200m livre (natação) e aos velejadores das classes 49er FX, Nacra 17, Laser e Finn. Ao todo, são 36 mulheres e 10 homens.