Thomas Bach: “Tóquio é a cidade olímpica mais bem preparada de todos os tempos”

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Lausanne, Suíça – “Tóquio vai ser a luz no fim desse túnel tão escuro”. Foi assim que o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, se referiu aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 em sua última visita à capital japonesa para a inspeção do COI. Em entrevista à revista norte-americana Time, Bach defendeu a realização dos jogos e afirmou que Tóquio é a cidade mais bem preparada para receber os Jogos em todos os tempos.

“Tóquio é a cidade olímpica mais bem preparada de todos os tempos” – Thomas Bach

“Se você olhar para as instalações, elas são muito impressionantes e inspiradoras. Eu visitei a vila olímpica. (…) É muito bem planejada e já está adaptada (às medidas de coronavírus) porque tem espaço suficiente para o distanciamento social. Os japoneses têm pensado em cada detalhe”, reforçou Bach.

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É estimado que o Japão tenha um custo total de US$26 bilhões (mais de R$130 bilhões) com o evento. As autoridades japonesas tiveram que desembolsar mais US$1 bilhão (mais de R$ 5 bilhões) por conta do adiamento em um ano devido à pandemia. Adiar ou cancelar os jogos que acontecem em 2021 não parece uma opção, mesmo com a crescente de casos da doença no país.

“Nós estamos muito, muito confiantes e, neste momento, não temos razões para acreditar que os jogos não poderiam acontecer. Isso é baseado em fatos e situações. Nós podemos ver que há um forte comprometimento do governo japonês e do Primeiro Ministro (Yoshida Suga) em fazer os jogos acontecerem – e isso está absolutamente de acordo com nosso próprio comprometimento”, afirmou.

“Quando você olha para as instalações, a infraestrutura, o trabalho do comitê organizador e o fato que grandes eventos esportivos no Japão já foram organizados com sucesso, mesmo sob restrições, tudo isso não nos dá razão para acreditar que não haverá uma cerimônia de abertura no dia 23 de julho e que não teremos Jogos Olímpicos muito significativos e de muito sucesso”, completou o Presidente do COI.

Na entrevista, Bach foi questionado se não haveria a possibilidade de adiar as Olimpíadas de Tóquio em 2022, ano das Olimpíadas de inverno de Pequim, resgatando a tradição de os dois eventos acontecerem no mesmo ano.

Segundo o presidente do COI, essa não é uma opção. Bach reforçou que mais um adiamento dos jogos afetaria a preparação dos atletas e que é impossível manter toda a estrutura já pronta por mais de um ano. Vale lembrar que a vila olímpica vai se tornar um complexo de apartamentos para a população local de Tóquio e o centro de imprensa se tornará um centro de exposições.

“Você não pode manter milhares de pessoas trabalhando no comitê organizador para sempre. Você não pode ter o Comitê Olímpico Nacional e o COI tendo que oferecer todo o suporte aos atletas por ainda mais tempo. Lavando tudo isso em consideração, o adiamento em um ano foi a escolha correta, senão teremos que levar o cancelamento em consideração, e ninguém quer isso”, afirmou Bach.

Os jogos Olímpicos de Tóquio têm sua cerimônia de abertura prevista para o dia 23 de julho de 2021. O Brasil pretende levar cerca de 250 atletas para disputar as 46 modalidades.

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Gabriel Lima
Gabriel Lima
Gabriel Lima é jornalista, formado pela Universidade Federal do Pará. Já participou da cobertura dos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, 2018. Na ocasião, esteve responsável pelas notícias e atualizações da ginástica artística.

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