Tóquioo, Japão – Em entrevista à Kyodo News, Yoshiro Mori, presidente da comissão organizadora dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, rejeitou a ideia de as competições serem realizadas sem a presença de público.
“Não devemos fazer com que os espectadores passem por tempos difíceis. Eventos esportivos são empolgantes em todo o país”, afirmou.
Na última sexta-feira (17), o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, indicou que pode haver reduções no número de espectadores durante a competição.
Para Mori, a posição de Bach assume o pior cenário e a organização dos jogos vai ter que buscar saídas caso a pandemia não seja controlada.
Em setembro, o comitê vai realizar reuniões com os governos locais para discutir se a redução de público vai ser necessária.
O presidente de Tóquio 2020 também disse ser necessário manter o revezamento da tocha olímpica por causa das regiões que já deram suas contribuições. Além disso, para Mori, seria difícil reduzir o número de atletas nas cerimônias de abertura e encerramento dos jogos por ser um momento importante para eles.
“Se os atletas têm muita vontade de participar (em cerimônias), não podemos contar coisas do nosso lado. (A parada das nações) também eleva os espectadores. Acabar com isso não é uma opção”, comentou.
Nas últimas semanas a viabilidade financeira dos jogos com o adiamento da competição tem sido bastante discutida nos bastidores. Mori acredita que os esforços para reduzir custos possam gerar boas ideias para a realização de Tóquio 2020.
Segundo ele, muitos ajustes devem ser feitos nas operações olímpicas.
“Eu sinto que eles devem revisar continuamente quais peças são necessárias, remover um esporte quando um novo é introduzido ou não selecionar esportes que exijam um novo local que custa de 30 a 50 bilhões de ienes (US $ 28 milhões e US $ 47 milhões)”, concluiu.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio estão marcados para julho e agosto de 2021. As Paralimpíadas ocorrerão em seguida, entre a última semana de agosto e o começo de setembro.