Liubliana, Eslovênia – Assim como o Comitê Olímpico do Brasil (COB), a Eslovênia também quer que os Jogos Olímpicos sejam adiados. O Comitê Olímpico do país (OKS, em inglês) emitiu um comunicado, assinado pelo presidente do órgão, Bogdan Gabrovec, questionando o Comitê Olímpico Internacional (COI) e solicitando a transferência da Olimpíada.
“Eles dizem que é muito cedo para adiar, mas nós pensamos o contrário. Não será possível organizar uma Olimpíada (em julho) sob os princípios olímpicos”, escreveu o presidente Gabrovec na sexta (20).
Ele acredita que os atletas não têm condições para se preparar para os Jogos, pois medidas restritivas estão sendo impostas para conter a propagação do novo coronavírus (Covid-19) em todo o mundo.
“Isso é simplesmente impossível. O mundo não é louco de entrar em histórias impossíveis”, acrescentou.
O presidente da OKS também conversou com a ministra do Esporte da Eslovênia, Simona Kustec Lipicer, sobre a possibilidade de permitir que os atletas nacionais realizem treinos em grupo, mas a ministra disse que não vai abrir exceções.
Brasil defende a transferência da Olimpíada 2021, em período equivalente ao originalmente marcado
O Comitê Olímpico Brasileiro divulgou neste sábado nota oficial em que defende a transferência dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021, em período equivalente ao originalmente marcado, ou seja, entre a última semana de julho e a primeira quinzena de agosto.
No documento, o COB lembra da infecção de 250 mil pessoas pelo coronavírus em todo o mundo e da dificuldade óbvia dos atletas em se manter em nível competitivo, já que muitos sofrem com paralisação ou redução de treinamento, e do cancelamento de todas as competições em escala mundial.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio estão agendados para começarem em 24 de julho, com encerramento no dia 9 de agosto seguinte.