Pequim, China – A China criticou a administração dos EUA, na figura do presidente Joe Biden, por “politizar o esporte”, alegando que a comunidade internacional não vai aceitar um boicote liderado pelos EUA aos Jogos Olímpicos de Pequim 2022.
A última provocação dos EUA contra a China em meio a crescentes críticas aos seus alegados abusos aos direitos humanos inflamaria as tensões já tensas entre as duas maiores potências mundiais.
O governo chinês, liderado pelos comunistas, aparentemente está interessado em usar as Olimpíadas para aumentar o prestígio nacional, dizem especialistas em relações exteriores.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse na última terça-feira (6), em resposta à pergunta de um repórter, que um potencial boicote conjunto ao evento está entre as questões que os Estados Unidos esperam discutir com seus aliados e parceiros.
“A comunidade internacional não vai aceitar isso”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, a repórteres.
“Gostaria também de enfatizar que a politização do esporte vai contra o espírito da Carta Olímpica e fere os interesses dos atletas de todos os países e das Olimpíadas”, acrescentou.
A liderança do presidente chinês Xi Jinping foi acusada de detenção em massa da minoria uigur muçulmana do país, que se opõe ao aumento da vigilância estatal sob a campanha de “reeducação” na região de Xinjiang.
A China tem afirmado sistematicamente que seus campos de detenção são centros de treinamento vocacional estabelecidos para combater preventivamente o terrorismo e o extremismo religioso.
No mês passado, os Estados Unidos, a União Europeia, a Grã-Bretanha e o Canadá impuseram sanções coordenadas contra a China por suas alegadas violações dos direitos humanos na região do extremo oeste do país asiático.