Tóquio, Japão – Campeã mundial na categoria até 60kg em 2019, a pugilista Beatriz Ferreira perdeu, neste domingo (8), para a irlandesa Kellie Harrington, ouro no Mundial de 2018, por decisão unânime dos juízes e conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio.
“Saí do Brasil com a meta de conseguir a mãe de todas, não consegui, tentei mudar de cor, mas não consegui. Vou continuar trabalhando para que ela mude”, disse Bia logo após a cerimônia de premiação.
“Claro que o objetivo era o ouro, o ouro não veio, mas estou contente com essa aqui. Sou medalhista olímpica, é para poucas. (…) Acredito que representei bem, não foi o ouro, mas foi a medalha de prata com sabor de ouro”, continuou.
A prata de Bia representa o melhor resultado de uma brasileira no boxe olímpico, e não surpreende. Ela chegou em Tóquio como uma das favoritas e não teve problemas para vencer a taiwanesa Shih-Yi Wu na estreia, e depois bater a uzbeque Raykhona Kodirova para já garantir ao menos o bronze.
O favoritismo ao pódio era justificado por todas as conquistas de Bia nos anos de preparação para as Olimpíadas. Em 30 competições que disputou na carreira, ficou entre as três primeiras em 29 delas. E ganhou as mais importantes antes de Tóquio. Foi campeã mundial na Rússia e pan-americana no Peru, ambos em 2019.
Aos 28 anos, é considerada a melhor pugilista do mundo na categoria peso leve, que luta com seus 1,65 metro e 52 quilos.