Pouco mais de dois meses separaram uma grande campanha nos Jogos Pan-Americanos do retorno do tênis de mesa brasileiro a Lima, capital do Peru. Na mesma Villa Deportiva Nacional, onde Hugo Calderano vibrou ao conquistar o ouro individual, a seleção inicia nesta sexta-feira (25) a busca pelas vagas de equipes nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Apenas uma equipe de cada naipe garante a classificação no pré-olímpico latino. Quem não conquistar a vaga em Lima terá de brigar pelas nove vagas restantes no pré-olímpico mundial, em janeiro, em Gondomar, Portugal. Dois atletas de cada equipe classificada poderão disputar também a competição individual na Olimpíada, sendo que Hugo Calderano, ouro no Pan, já garantiu vaga.
Caso uma equipe não obtenha vaga para os Jogos, os atletas poderão disputar o pré-olímpico latino individual e de duplas, em Cuba, em abril. Ainda haverá uma última chance, no pré-olímpico mundial Individual, em Doha, no Catar, em maio de 2020.
O tênis de mesa brasileiro vem forte para a disputa no Peru. No feminino, Bruna Takahashi, Jessica Yamada e Caroline Kumahara terão a companhia da jovem Laura Watanabe, ainda com idade para disputar competições sub-15, mas resultados relevantes em torneios internacionais.
No masculino, o técnico Francisco Arado, o Paco, conta com quatro dos cinco top 100 mundiais da atualidade: Hugo Calderano, Gustavo Tsuboi, Eric Jouti e Vitor Ishiy. Este último, por exemplo, entrou recentemente na lista dos cem melhores do mundo.
“O atual momento da equipe é muito bom. Temos cinco atletas no top 100 mundial e jogando num bom nível. Com relação aos últimos resultados do Vitor, acho muito bom para a seleção, pois aumenta a concorrência, o que é positivo para o alto nível e dá mais opções para a equipe”, explica Paco.
No masculino, Argentina, Chile e Peru brigam com o Brasil pela vaga olímpica. Entre as mulheres, Porto Rico, Peru e Chile são as adversárias.
“Acho que será um campeonato bem difícil, como sempre, e temos de ir preparados para mostrar nosso melhor nível e nossa identidade como time, que é de muita briga e alegria”, explica o técnico da seleção masculina.