Rafaela Silva conquista em Budapeste o segundo ouro seguido no Circuito Mundial

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Campeã olímpica derrotou kosovar Nora Gjakova na decisão do Grand Prix húngaro nesta sexta-feira

Rafaela Silva segue colecionando pódios na temporada 2019. Nesta sexta-feira, 12, primeiro dia de disputas do Grand Prix de Budapeste, na Hungria, a campeã olímpica enfileirou adversárias e conseguiu uma revanche na final contra a kosovar Nora Gjakova para ficar com o bicampeonato da competição. Foi o segundo ouro consecutivo da brasileira no Circuito Mundial IJF e o sexto pódio no ano. Com a conquista, ela passa a ter dois ouros e quatro pratas em 2019.

“Fiz uma competição boa. Consegui aproveitar bastante os treinamentos que fizemos em Alicante e em Valência para praticar algumas técnicas que eu vinha trabalhando e soltar mais golpes”, avaliou a campeã. Nas preliminares, Rafaela venceu três lutas seguidas por ippon. Primeiro, projetou Hadeel Elalmi, da Jordânia. Nas oitavas, projetou e imobilizou Carla Mascaro, da Espanha. Nas quartas, nova vitória no chão, com imobilização sobre a experiente austríaca Sabrina Filzmoser, de 39 anos.

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O duelo mais duro das preliminares ficou para a semifinal. Rafaela encarou a dona da casa, Hedvig Karakas. Motivada pela torcida no ginásio, a húngara entrou agressiva e conseguiu forçar dois shidos à brasileira. Rafaela teve que reagir e conseguiu um contra-golpe no golden score, marcando o waza-ari que a levou à sexta final no ano.

O duelo pelo ouro foi uma reedição da final do Grand Prix de Tbilisi, em que Rafaela saiu com a prata. Mais atenta dessa vez, a brasileira apostou nos eficazes golpes de contra-ataque, esperou as entradas de Gjakova e revidou duas vezes, marcando dois waza-ari (ippon).

“Eu já estava entalada com essa final da Geórgia que perdi para essa adversária. Então, dessa vez, fui com um pouco mais de sangue nos olhos. Estou feliz com o desempenho. É manter o foco agora e seguir firme nos treinos para os Jogos Pan-Americanos e para o Campeonato Mundial”, concluiu. Completaram o pódio do peso Leve feminino Hedvig Karakas e Sabrina Filzmoser.

Eleudis quase chega ao bronze

O Brasil ainda teve uma segunda chance de subir ao pódio nesta sexta-feira, com a meio-leve Eleudis Valentim. Depois de vencer Anastasia Polikarpova (Rússia), Madelene Rubinstein (Noruega) e Ana Perez Box (Espanha) nas primeiras rodadas, Eleudis chegou à semifinal, onde encarou a suíça Fabienne Kocher. Em luta acirrada, cada atleta recebeu duas punições e, no golden score, a brasileira acabou punida uma terceira vez e foi para a disputa de bronze.

Em sua última luta em Budapeste, Eleudis encarou a experiente Andrea Chitu, da Romênia, e foi imobilizada após tentar uma técnica de projeção. Acabou com o quinto lugar e mais 252 pontos no ranking mundial.

Na mesma categoria, Larissa Pimenta ficou em sétimo, ao perder para Ana Perez Box na repescagem. A espanhola ficou com o segundo bronze. Ouro e prata ficaram com Chishima Maeda (Japão) e Fabienne Kocher (Suíça), respectivamente.

Phelipe Pelim (60kg), Ítalo Carvalho (60kg), Diego Santos (66kg), Eduarda Francisco (48kg) e Tamires Crude (57kg) também lutaram nesta sexta, mas caíram nas oitavas-de-final de suas categorias.

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Gabriel Lima
Gabriel Lima
Gabriel Lima é jornalista, formado pela Universidade Federal do Pará. Já participou da cobertura dos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, 2018. Na ocasião, esteve responsável pelas notícias e atualizações da ginástica artística.

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