Rio de Janeiro, Brasil – Quase quatro anos após a Olimpíada Rio 2016, o comitê local continua a enfrentar problemas com a gestão das instalações construídas para a competição. Na quarta-feira (15), a Justiça Federal no Rio de Janeiro determinou a interdição dos parques olímpicos da Barra da Tijuca e de Deodoro.
A decisão do juiz Eugenio Rosa de Araújo atende a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), até que sejam fornecidos o laudo de vistoria Corpo de Bombeiros e o “habite-se” da prefeitura.
A prefeitura informou que vai recorrer da decisão.
No despacho, Araújo justificou que, principalmente no parque olímpico da Barra, onde ocorreu a maior parte das competições de 2016, regularmente são realizados eventos de grande apelo, como shows e festivais, que recebem milhares de pessoas.
“Esse cenário, composto por locais progressivamente castigados pela falta de cuidado e pela presença de milhares de pessoas, se coloca de prontidão para a ocorrência de tragédias”, observou.
Em sua decisão, o magistrado ressaltou a necessidade de “preservação da segurança da população”. O prazo para o cumprimento da decisão é de 48 horas.
O parque olímpico da Barra da Tijuca possui cinco arenas esportivas permanentes, com capacidade para mais de 107 mil pessoas. A construção do local, realizada entre 2012 e 2016, custou cerca de 2,34 bilhões de reais à época.
Atualmente, a maiorias dos locais serve de sede para o Comitê Olímpico do Brasil (COB), como é o caso da Arena Carioca 2, e outras federações esportivas, caso da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que usa a antiga Arena Carioca 3.
A situação no chamado parque radical de Deodoro é ainda mais preocupante. A pista do Centro Olímpico de BMX está cheia de buracos e as rampas de acesso foram tomadas pela vegetação. O estádio de canoagem slalom, que fica ao lado, também está com sinais de abandono.