Londres, Inglaterra – A vitória na estreia em Wimbledon trouxe bastante confiança para Andy Murray. Apesar de não poder jogar tantos torneios como gostaria, por conta de seu histórico de lesões, o britânico de 34 anos e bicampeão do torneio em 2013 e 2016 garante que vai continuar no circuito e que esta não será sua última participação no Grand Slam londrino.
“Sempre me perguntam se este é meu último Wimbledon ou minha última partida? Eu digo que não. Eu vou continuar jogando. Eu quero jogar e estou gostando. Ainda posso jogar no nível mais alto. Eu quase não joguei este ano e venci o número 28 do mundo. Então, vou continuar”, disse Murray, depois de superar o georgiano Nikoloz Basilashvili, cabeça 24 em Londres, por 6/4, 6/3, 5/7 e 6/3 nesta segunda-feira.
“É incrível voltar a jogar aqui na quadra central, em uma atmosfera tão brilhante”, comentou o britânico, que não vencia uma partida de simples pelo Grand Slam londrino desde 2017. O ex-número 1 do mundo ocupa atualmente apenas o 118º lugar do ranking. “Tem sido extremamente difícil voltar a este estágio. Mas eu simplesmente continuei tentando, continuei trabalhando duro e fazendo todas as coisas certas para me colocar de volta nesta posição. Eu me sinto muito sortudo por poder fazer isso de novo”.
A vitória desta segunda-feira poderia ter sido mais tranquila, já que Murray chegou a liderar o terceiro set por 5/0, mas foi quebrado nas três tentativas que teve de sacar para o jogo e perdeu sete games seguidos. “Obviamente, fiquei muito desapontado por ter perdido o terceiro set e tive que me lembrar do que estava fazendo para chegar àquela situação de estar perto da vitória”.
“Nunca tinha acontecido na minha carreira de ser quebrado três vezes sacando para o jogo. Mas esse é o tipo de coisa que pode acontecer quando você não faz muitos jogos. Eu definitivamente deveria ter fechado o jogo antes, mas não tenho certeza se há muitos jogadores que venceriam aquele 4º set”, acrescentou o vencedor de três Grand Slam, destacando o aspecto mental do jogo. Seu próximo adversário virá da partida entre o alemão Oscar Otte e o francês Arthur Rinderknech, ambos vindos do quali.
Bicampeão olímpico nos Jogos de Londres em 2012 e do Rio de Janeiro em 2016, Murray foi convocado para os Jogos Olímpicos de Tóquio e quer subir de novo ao pódio. “Meu objetivo é ganhar uma medalha para o meu país. Vou dar o meu melhor para fazer isso”.