Monte Carlo, Mônaco – Cabeça de chave número 2 no Masters 1000 de Monte Carlo, onde foi semifinalista em 2019, o russo Daniil Medvedev não escondeu o fato de não gostar de jogar no saibro, piso sobre o qual tem o pior aproveitamento. Enquanto no sintético ele vence 71,5% das partidas e na grama 60%, na terra batida o desempenho fica abaixo da metade (35,7%).
“Não escondo que não gosto do saibro, por isso não vou para a América do Sul. Prefiro jogar em Roterdã, Marselha ou Dubai. Nunca vou jogar lá. Durante a temporada europeia de terra batida tento dar o meu melhor, mas é complicado. Não há nada de que eu goste nesta superfície, a bola quica de forma diferente e fica muito sujo depois dos jogos”, afirmou.
Ainda que não se sinta muito à vontade, o russo acredita que possa obter bons resultados neste piso. “Estou muito feliz por estar aqui. Gosto de jogar em Monte Carlo, onde já tive uma boa campanha. Também ajuda poder ficar em casa. Estou ansioso pelo meu primeiro jogo”, falou Medvedev, que espera pelo vencedor do duelo entre Filip Krajinovic e Nikoloz Basilashvili.
O russo de 25 anos espera usar os torneios de saibro como preparação para Roland Garros, onde vai em busca de sua primeira vitória, após ser eliminado logo na estreia em suas quatro participações anteriores. “Para ganhar um jogo em Roland Garros preciso estar bem, não posso jogar da mesma forma que joguei nos últimos anos”, comentou Medvedev, que explicou o porquê de sua dificuldade no saibro.
“Em quadra dura, já venci partidas em que não me sentia confortável ou não estava fisicamente bem porque é automático, meu tênis se acostuma muito bem com essa superfície. No saibro acontece exatamente o oposto. Para mim é muito difícil poder jogar no saibro. Sei que sou capaz de jogar bem. Há alguns anos consegui ganhar jogos muito bons aqui, mas para fazer um bom papel em Paris eu preciso estar bem fisicamente”, finalizou.