Rio de Janeiro, Brasil – O estado do Rio de Janeiro será obrigado a pagar cerca de R$ 3 milhões ao tenista sérvio Novak Djokovic, segundo decisão da juíza Mirela Erbisti publicada na última quarta-feira (15). A Procuradoria Geral do Estado reconheceu a dívida existente e decidiu não recorrer da decisão
O processo corria desde dezembro de 2015, quando Djokovic acionou a justiça fluminense para cobrar o cumprimento de um contrato feito em 2012 e que resultou em prejuízo de US$ 650 mil para o tenista. Segundo o contrato, o valor era fixado em dólares americanos.
Djokovic esteve no Rio de Janeiro em 2012, a convite do governo do estado, para uma série de atividades. Entre elas, inaugurar quadras em projetos sociais, fazer uma partida amistosa contra Gustavo Kuerten, no Maracanãzinho, e participar de um jogo festivo de futebol.
O governo do estado se comprometeu, na época, a pagar ao tenista US$ 1,1 milhão divididos em três parcelas. De acordo com o mandado de segurança, foram feitos apenas dois pagamentos, totalizando US$ 450 mil. Restariam ser pagos ainda US$ 650 mil – o que representa cerca de R$ 2,6 milhões.
Antes da história chegar ao fim esta semana, a batalha entre Djokovic e o Rio teve muitos e surpreendentes episódios. Em fevereiro de 2018, o Ministério Público do estado oficializou uma ação civil pública para tentar recuperar o que já havia sido pago ao tenista, alegando irregularidades no contrato e acusando Djokovic de ser beneficiário em ato de improbidade administrativa.
A Justiça do Rio de Janeiro, no entanto, rejeitou o pedido feito pelo MP. Em seu despacho, o juiz titular da 9ª Vara de Fazenda Pública da Capital, Marcello Alvarenga Leite, apontou que não havia indícios de que Djokovic soubesse que sua contratação estivesse acontecendo sob um modelo que, para o MP, é irregular.
Novak Djokovic, que atualmente ocupa a segunda posição do ranking mundial da Associação de Tenistas Profissionais (ATP), não se pronunciou sobre o resultado do processo.