Renan Dal Zotto não é mais o técnico da seleção masculina de vôlei. O anúncio foi feito pelo próprio Renan, após a vitória do Brasil sobre a Itália no pré-olímpico, por 3/2, neste domingo (8), no Maracanãzinho, Rio de Janeiro.
Dal Zotto, que assumiu o comando da seleção masculina após a aposentadoria do campeoníssimo Bernardinho, afirmou que “motivos familiares” e de “saúde” o obrigaram a pedir demissão.
A verdade é que, além de motivos pessoais, a pressão do público e a carência de títulos também foram decisivos para a decisão anunciada. Renan foi o técnico do Brasil na única vez que o país não venceu o título sul-americano de vôlei.
As críticas ao trabalho do técnico em nada se comparam aos elogios dados ao jogador Renan Dal Zotto, pai do saque viagem e peça fundamental para o crescimento do vôlei brasileiro nos anos 1980.
Renan começou a praticar a modalidade em 1972, quando tinha 12 anos, em Porto Alegre. Ao longo de 15 anos de carreira, o agora ex-técnico da seleção brasileira foi campeão dos Jogos Pan-Americanos (1983), e vice-campeão mundial (1982) e olímpico (1984).
A campanha olímpica em Los Angeles 1984, inclusive, foi o que consolidou Renan no pentão dos ídolos do esporte brasileiro. Ele foi fundamental para a conquista da primeira medalha do voleibol brasileiro em Jogos Olímpicos. Naquela ocasião, o Brasil perdeu para os anfitriões estadunidenses.
“A sensação na hora que acabou o jogo (final contra os Estados Unidos) é que tínhamos perdido a medalha de ouro, mas logo a gente entendeu que ganhamos a prata. Ela se tornou importante e fez parte da historia”, relembrou em entrevista ao ge (antigo Globo Esporte).