Home Blog Page 296

Obras de Lima 2019 estão 98% concluídas

0
Lima 2019: Polideportivo Callao
Lima 2019: Polideportivo Callao

Segundo o comitê organizador dos próximos Jogos Pan-Americanos, Lima 2019, as obras já estão 98% concluídas.

O comitê organizador da décima oitava edição dos Jogos Pan-Americanos, Lima 2019, divulgou em seu site oficial as informações sobre o andamento das obras para a competição, que acontecerá entre os dias 26 de julho a 11 de agosto próximos. Os reponsáveis comemoraram o fato de as obras estarem 98% concluídas.

Estando a 203 dias da abertura oficial do Pan de Lima, parece que a maior parte das obras de infrasetrutura da competição estão prontas. As arquibancadas de todos os complexos esportivos já estão instaladas e prontas para uso. As obras da vila olímpica também encontram-se avançadas: os apartamentos onde os atletas se hospedarão já estão prontos e a vila recebe apenas as últimas obras na parte de calçamento, gramado e visual.

Datas de conclusão de construção

Deve-se notar, a este respeito, que a conclusão da construção das quadras de Rugby, Hóquei, Softball, Beisebol, Baile Basco e Frontón estão programadas para o 7 de fevereiro, enquanto o Centro Aquático e o exterior serão concluídos em 13 de março.

Após os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Lima 2019, o consórcio Sacyr Saceem, que está a frente destas obras, transformará estes espaços em áreas esportivas de uso comunitário. Isso inclui 11 campos multidisciplinares de vôlei e futebol, 2 quadras de tênis, 2 piscinas infantis, áreas para xadrez, caratê, ciclismo e atletismo.

Lima 2019

Os Jogos Pan-Americanos de 2019 acontecerão entre os dias 26 de julho a 11 de agosto, em Lima, Peru, mas alguns eventos devem começar antes da cerimônia oficial e abertura, como é o caso do futebol. O evento terá 437 eventos de 39 esportes. São esperados 6690 atletas de 41 países das Américas.

Esta competição é o evento poliesportivo em que o Brasil normalmente se destaca e sempre conquista excelentes resultados.

Tochas Olímpicas de Tóquio usarão alumínio reciclado de Fukushima

0
Olimpíadas Rio 2016: Tocha Olímpica usada no revezamento.
Olimpíadas Rio 2016: Tocha Olímpica usada no revezamento.

O revezamento da tocha no Japão começará em Fukushima em 26 de março e passará por todas as 47 prefeituras em 121 dias antes de finalmente chegar a Tóquio para a cerimônia de abertura.

As tochas das Olimpíadas de Tóquio, em 2020, empregarão alumínio reciclado em sua construção a partir de habitações temporárias da província de Fukushima, no Japão, atingidas por um terremoto, um tsunami e um desastre nuclear em março de 2011, informou a imprensa local na terça-feira (1).

As tochas, que deverão consumir mais de 10 mil peças de alumínio, serão usadas por corredores no revezamento nacional depois que a chama olímpica chegar ao Japão, da Grécia, em 20 de março de 2020, de acordou com a agência de notícias Xinhua.

A atitude serve como um esforço simbólico para defender as “Olimpíadas de reconstrução”, que é uma das principais bandeiras levantas pelos Jogos Olímpicos de Verão e o Movimento Olímpico.

Espera-se que os organizadores dos Jogos Olímpicos cooperem com os governos locais para determinar quais metais podem ser reciclados em habitações temporárias que não estão mais em uso. O projeto da tocha já foi aprovado pelo Comitê Olímpico Internacional e será revelado na primavera.

Os organizadores do Tóquio 2020 também estão coletando metais de eletrônicos usados, em todo o país, para produzir as cerca de 5.000 medalhas a serem premiadas nas Olimpíadas. Os organizadores disseram, em outubro, que atingiram a meta para a produção das medalhas de bronze.

A “chama da reconstrução” será primeiramente exibida em Miyagi, Iwate e Fukushima, as três prefeituras mais afetadas no desastre de 2011.

O revezamento da tocha no Japão começará em Fukushima em 26 de março e passará por todas as 47 prefeituras em 121 dias antes de finalmente chegar a Tóquio para a cerimônia de abertura.

Olimpíadas de Tóquio

A trigésima segunda edição dos Jogos Olímpicos acontecerá entre os dias 24 de julho a 9 de agosto de 2020, em Tóquio, Japão. Estima-se que mais de 12 mil atletas, de 206 países, participem da competição em mais de 300 eventos de 33 modalidades.

Conheça os maiores medalhistas do Brasil em Jogos Pan-Americanos

0
Thiago Pereira é o maior medalhista brasileiro na história dos Jogos Pan-Americanos. Pereira durante os Jogos Pan Americanos do Rio de Janeiro, em 2007.

Juntos, estes 13 atletas brasileiros detém mais de 12% das conquistas do país em toda a história dos Jogos Pan Americanos.

O Brasil é quarto país com o maior número de medalhas em Jogos Pan Americanos, perdendo as três primeiras posições para os Estados Unidos, Cuba e Canadá, respectivamente, primeiro, segundo e terceiro no ranking geral de medalhas.

Os próximos Jogos Pan Americanos serão realizados em Lima, Peru, entre 26 de julho a 11 de agosto de 2019, e preparamos uma lista completa com os doze maiores medalhistas brasileiros na história da competição. O ranking abaixo está organizando de acordo com o número total de medalhas de cada esportista, ou seja, o critério utilizado foi a quantidade.

Thiago Pereira (natação)

O nadador Thiago Pereira é o maior medalhista da história dos Jogos Pan Americanos e, consequentemente, do Brasil. Com quatro participações na competição, o volta-redondense de 32 anos coleciona incríveis 23 medalhas na competição, sendo 15 de ouro, quatro de prata e quatro de bronze.

Gustavo Borges (natação)

O também nadador Gustavo Borges é o segundo atleta brasileiro com o maior número de medalhas em Jogos Pan Americanos. São 19 medalhas no tal, sendo oito ouros, oito pratas e três bronzes.

Hugo Hoyama (tênis de mesa)

Nascido em São Bernardo do Campo, São Paulo, Hugo Hoyama é o segundo maior campeão Pan-Americano brasileiro, com 10 medalhas de ouro, perdendo apenas para o nadador Thiago Pereira. No quadro geral, contando as pratas e os bronzes, Hoyama fica em terceiro lugar, pois soma 15 medalhas: além das de ouro, uma prata e quatro bronzes.

Cláudio Kano (tênis de mesa)

Com 12 medalhas conquistadas na maior competição poliesportiva das Amérias, o mesatenista Cláudio Kano é quarto colocado nesta lista. Suas 12 medalhas, conquistadas entre 1983 e 1995, estão distribuidas entre sete ouros, três pratas e dois bronzes.

Kano morreu um dia antes de embarcar para os Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, vítima de um acidente de moto.

Sebastián Cuattrin (canoagem)

Nascido em Rosário, Argentina, Sebastián Cuttrin naturalizou-se brasileiro e disputou três Pan-Americanos sob a bandeira verde-amarelo. De 1995, primeira participação nos Jogos, até 2007, sua última exibição em Pans, Cuttrin conquistou 11 medalhas, sendo um ouro, seis pratas e quatro bronzes.

Djan Madruga (Natação)

Santista, nascido em 7 de dezembro de 1958, Djan Madruga coleciona 11 medalhas em Pan-Americanos. São cinco ouros e seis bronzes, conquistados em três edições dos Jogos – Cidade do México (1975), San Juan (1979) e Caracas (1983).

Fernando Scherer (natação)

Fernando Scherer, o famoso Xuxa, é um dos mais importantes atletas da natação brasileira. Em mais de 15 anos de carreira, Xuxa conquistou importantes títulos para o Brasil. Nos Jogos Pan-Americanos que participou ganhou 10 medalhas ao todo: sete ouros, duas pratas e um bronze.

Daniele Hypolito (ginástica artística)

Única mulher brasileira a conquistar a marca de dez medalhas em Pans, Daniele Hypolito conquistou esse número ao longo de 5 edições: de Winnipeg, Canadá, à Toronto, também no Canadá, entre 1999 e 2015. Suas conquistas são três pratas e sete bronzes.

Em 2015, durante os Jogos de Toronto, Hypolito afirmou que aquela seria sua última participação na competição. Aguardemos.

Kaio Márcio de Almeida (natação)

Em quatro participações, Káio Márcio conquistou um total de nove medalhas, sendo quatro de ouro, três pratas e dois bronzes. Káio competiu em todos os Jogos desde Santo Domingo, 2003.

César Cielo (natação)

Maior nome da natação brasileira, César Cielo também figura entre os maiores medalhistas brasileiros nos Pans. Cielo conquistou oito medalhas, sendo sete de ouro e uma de prata, em duas participações na competição, a primeira no Rio de Janeiro, 2007, e a segunda em Guadalajara, 2011.

Diego Hypolito (ginástica artística)

Diego Hypolito, irmão da também ginasta Daniele Hypolito, possui oito medalhas em Jogos Pan-Americanos. As duas primeiras foram conquistadas no Pan de Santo Domingo, 2003, e o restante nos Jogos do Rio de Janeiro, 2007, e Guadalajara, 2011. Seu quadro de medalhas corresponde à cinco ouros e três pratas.

Durval Guimarães (tiro esportivo)

Este atleta do tiro esportivo representou o  Brasil em mais de nove edições dos Jogos Pan-Americano, entre 1963 e 1995, conquistando oito medalhas durante esse período, sendo duas de prata e o restante de bronze.

Joana Maranhã (natação)

A nadadora Joana Maranhã conquistou, em 2015, na edição de Toronto do Pan, sua oitava medalha na história da competição. Joana tem três medalhas de prata e cinco bronzes conquistados em Pans, desde o Pan-Americano de Santo Domingo, 2003.

China prende atletas flagrados no doping

0
Prédio da CHINADA, Agência Antidoping da China.
Prédio da CHINADA, Agência Antidoping da China.

A partir de 2019, atletas flagrados utilizando substâncias proibidas serão punidos com pena de prisão na China.

A China passará a tratar os atletas que utilizam substâncias proibidas para melhorar seu desempenho como criminosos, estando estes sujeitos a receber “punição criminal” e “pena de prisão”, informou a Xinhua, agência de notícias oficial do país.

O Ministério do Esporte da China e a autoridade judicial superior do país estão elaborando uma interpretação judicial sobre a aplicação do direito penal no tratamento de casos relacionados ao doping.

“Estamos perto de terminar o nosso estudo sobre uma interpretação judicial antidoping, que vai ser promulgada em 2019, provavelmente no início do ano”, afirmou o diretor da Administração Geral dos Desportos, Gou Zhongwen, acrescentando que “os culpados por doping enfrentarão punição criminal”.

Gou acrescentou ainda que o uso de drogas para melhorar o desempenho foi encontrado em vários testes de amostras de estudantes que se candidataram a escolas esportivas.

A China tem assumido uma postura dura em relação ao doping. Depois que o Conselho de Estado lançou o Regulamento Antidopagem em 2004, o país vem trabalhando para promover a legislação antidoping.

“É nossa vontade mostrar ao mundo que realmente estamos falando sério sobre o combate ao doping, e estamos tomando medidas concretas no combate ao doping”, acrescentou Gou.

Anteriormente, não havia termos específicos sobre o antidoping no código penal da China. Por essa razão, as punições por violações de doping foram limitadas principalmente a multas, proibições e penalidades administrativas.

A Suprema Corte da China também prometeu lutar duramente contra o doping.

“Estamos estudando e elaborando interpretações judiciais sobre a aplicação da lei no tratamento de casos criminais relacionados ao uso, fabricação, venda e contrabando de substâncias que melhoram o desempenho”, disse Jiang Qibo, juiz do Supremo Tribunal Popular da China, durante segunda edição da Conferência Mundial de Educação da WADA, em outubro.

Denúncias

Em outubro de 2017, a Agência Mundial Antidoping (WADA) recebeu denúncias de que mais de 10 mil pessoas estariam envolvidas em um esquema de dopagem de atletas durante as décadas de 1980 e 1990 na China. A informação partiu de Xue Yinxian, ex-médica da equipe olímpica, que revelou que todas as medalhas obtidas por esportistas chineses nesse período foram obtidas após o uso de substâncias proibidas.

 

Simone Biles deixará a ginástica em 2020

0
Simone Biles no Campeonato Mundial de Doha, em 2018.
Simone Biles no Campeonato Mundial de Doha, em 2018.

Penta medalhista olímpica, Simone Biles afirmou que não competirá o Mundial de 2021, em Copenhague, nem as Olimpíadas de 2024, em Paris.

Considerada uma das maiores ginastas de todos os tempos, a estadunidense de 21 anos e 1,45 m de altura, detentora de quatro ouros e um bronze olímpicos, 20 medalhas em Campeonatos Mundiais, sendo 9 delas de ouro, Simone Biles anunciou em entrevista ao The Undefeated, um portal de notícias esportivas e cultura popular da ESPN, que após os Jogos Olímpicos de Tóquio ela se aposentará.

Ao ser perguntada sobre os planos para depois das próximas Olímpiadas, Biles afirmou ao jornalista Danyel Smith que se aposentará, dizendo que “(continuar) é muito para seu corpo”. A ginasta, primeira na história da modalidade artística a conquistar quatro títulos no Individual Geral, disse também que essa não foi uma decisão fácil.

Os Jogos de Tóquio acontecerão de 24 de julho a 9 de agosto de 2020.

Simones Biles

Simone Biles estreou na categoria adulta em 2013, durante o AT&T American Cup, competição oficial da Federação Internacional de Ginástica (FIG) realizada anualmente em solo estadunidense. Nesta competição, Simone conquistou a medalha de prata, após cair cometer grandes erros na trave. No mesmo ano, ela participou pela primeira vez de um Campeonato Mundial, em Antuérpia, onde conquistou dois ouros, uma prata e um bronze, além do quarto lugar nas barras assimétricas.

Em 2014, no Mundial de Nanning mais títulos. Biles conquistou o bicampeonato no Individual Geral e no solo, ouro por equipes, ouro na trave e prata no salto. No Mundial de Glasgow, em 2015, Biles repetiu todos os títulos da edição anterior, tendo piorado seu resultado apenas no salto sobre a mesa, no qual conquistou o bronze.

Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Simone era a grande estrela da competição e única atleta com chances de conquistar cinco medalhas de ouro naquela edição dos Jogos. Biles conquistou quatro ouros (TF, AA, VT e FX) e, mesmo errando na final da trave de equilíbrio, conquistou o terceiro lugar.

Sem competir em 2017, Biles retornou em 2018 para fazer história, mais uma vez, no Campeonato Mundial. Classificada para todas as finais possíveis, Biles conquistou medalha em todos os eventos e tornou-se a primeira ginasta a ganhar quatro vezes o título do Individual Geral.

Se confirmada sua aposentadoria em 2020, a ginástica, e o esporte em geral, perderá um de seus maiores ídolos da atualidade.

USA Swimming anuncia equipe para o Pan de Lima

0
USA Swimming Nadador estadunidense Nathan Adrian durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
USA Swimming Nadador estadunidense Nathan Adrian durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

USA Swimming, entidade responsável pela natação dos EUA, anunciou a seleção que representará o país nos Jogos Pan Americanos de Lima, em julho de 2019.

A Confederação Americana de Natação (USA Swimming) publicou em site oficial, ontem (18), os nomes dos atletas que integrarão a equipe que representará os Estados Unidos nos Jogos Pan-Americanos de Lima, Peru, no meio do ano que vem. São 18 homens e 18 mulheres, entre os quais está o nadador Nathan Adrian, cinco vezes campeão olímpico.

A seleção masculina terá outros campeãos olímpicos do revezamento 4×100 medley na Rio 2016, como Gunnar Bentz, Kevin Cordes, Cody Miller e Tom Shields.

Entre as mulheres, os destaques são Haley Anderson e Lia Neal, além de Molly Hannis.

Todos os atletas indicados pelas entidades esportivas, precisam passar pela aprovação do Comitê Olímpico Estadunidense. A lista completa pode ser acessada no site oficial da USA Swimming.

Jogos Pan Americanos

Os Jogos Pan-Americanos são o terceiro maior evento multiesportivo do mundo, perdendo apenas para os Jogos Olímpicos e para os Jogos Asiáticos. Os Estados Unidos são a maior potência esportiva do mundo, portanto, das Américas. A décima oitava edição dos Jogos acontecerá entre os dias 26 de julho a 11 de agosto de 2019, em Lima, Peru, e terá mais de 6 mil atletas de 41 países das Américas.

A equipe estadunidense sempre vence o quadro de medalhas do Pan e a natação e um dos esportes que mais dão medalhas para o país, mesmo que os principais atletas do país não compita esse evento.

Missy Franklin anuncia aposentadoria

0
Missy Franklin seurando bandeira dos EUA durante os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
Missy Franklin seurando bandeira dos EUA durante os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

Missy afirmou que as dores crônicas no ombro à obrigaram a abandonar o esporte profissionalmente.

Cinco vezes campeã olímpica, a estadunidense Missy Franklin utilizou as redes sociais para anunciar que está deixando o esporte. A agora ex-nadadora afirmou que as dores crônicas no ombro e outros problemas de saúde à obrigaram a abandonar o esporte profissionalmente. Ela despertou a atenção do mundo em 2012, aos 17 anos, quando conquistou cinco medalhas nos Jogos Olímpicos de Londres, sendo quatro de ouro e um bronze.

Em carta publicada no site “espnW“, Missy relata como foi difícil a decisão de parar e afirma que não deixará a natação:

“Essa é provavelmente a carta mais difícil que eu já tive de escrever. Há tantas palavras para se dizer e obrigado a todos por me permitirem compartilhá-las com vocês e pelo apoio contínuo (…) Demorou um longo tempo para eu dizer as palavras ‘estou aposentando’. Muito tempo mesmo. Mas agora estou pronta. Estou pronta para não sentir dor todos os dias. Estou pronta para me tornar uma esposa e um dia uma mãe. Estou pronta para continuar crescendo todos os dias para ser a melhor pessoa e exemplo que posso. Estou pronta para o resto da minha vida – explicou. (…) A natação tem sido, e sempre será, uma grande parte da minha vida e eu absolutamente planejo ficar envolvida no que eu sinto que é o melhor esporte do mundo, apenas de uma maneira diferente – completou.

Franklin foi eleita duas vezes a melhor nadadora pela Federação Internacional de Natação (FINA), conquistou 16 medalhas em campeonatos mundiais, seis medalhas olímpicas – a última nos Jogos do Rio de Janeiro – e deixa o esporte como uma das nadadoras americanas mais queridas da história.

Italiana Vanessa Ferrari objetiva Tóquio 2020

0
Vanessa Ferrari durante apresentação no Mundial de 2017, Montreal.
Vanessa Ferrari durante apresentação no Mundial de 2017, Montreal.

Campeã Mundial do Individual Geral em 2006, Ferrari afirmou que tentará a classificação através das Copas do Mundo da FIG.

O maior nome feminino da ginástica artística italiana, Vanessa Ferrari (28), que se lesionou durante o Campeonato Mundial de Montreal, em outubro de 2017, está de volta aos treinos e falou, em entrevista, que tentará a classificação individual, através das Copas da Mundo (da Federação Internacional de Ginástica), para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

“Depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, eu decidi que buscaria a qualificação individual através das Copas do Mundo, portanto, não competirei mais em Campeonatos Mundiais com a equipe italiana. Eu não sei como vou chegar lá (Olimpíadas de 2020), mas meu objetivo, desde que decidi voltar, sempre foi Tóquio 2020. Eu não sei como será o futuro, mas eu treino para isto.”

Segundo as novas regras da FIG, o atleta que decidir tentar a classificação para os próximos Jogos Olímpicos através das Copas do Mundo, não poderá participar das duas últimas edições de Campeonatos Mundiais que antecedem o evento, no caso, Doha, este ano, e Stuttgart, ano que vem. Este é o motivo da ausência da italiana no próximo Mundial da modalidade, marcado para os dias 4 a 13 de outubro de 2019, em Stuttgart, Alemanha.

Histórico

Vanessa Ferrari conquistou o título individual mais importante da ginástica, o ouro no Individual Geral, durante o mundial de Aarhus, Dinamarca, em 2006. Além desse título, Ferrari é três vezes medalhista mundial e quatro vezes campeã europeia. Em Jogos Olímpicos, apesar de três participações, não conquistou nenhuma medalha.

Em 2008, sofrendo com lesões no punho e no calcanhar, seu melhor resultado individual foi o 11º lugar no Individual Geral (AA). Em 2012, terminou em sétimo no AA e em quarto no solo, mesmo empatando com a medalhista de bronze, Aliya Mustafina. Em 2016, ficou em décimo no AA e, mais uma vez, terminou em quarto no solo.

A reportagem completa, em italiano, está disponível no site Sport Fair.

COB lançará Hall da Fama

0
COB homenageará os atletas que contribuem e contribuíram para o esporte brasileiro.
COB homenageará os atletas que contribuem e contribuíram para o esporte brasileiro.

A partir do dia 18, quatro importantes nomes do esporte brasileiro serão imortalizados.

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) lançará no próximo dia 18 de dezembro, durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, o Hall da Fama do esporte brasileiro, honraria que homenageará ex-atletas e técnicos que “contribuíram de maneira marcante com o esporte olímpico brasileiro, promovendo o Olimpismo e inspirando novas gerações”.

Os primeiros nomes a receberem o reconhecimento foram divulgados hoje, através do site oficial do COB, e são: Torben Grael (vela), bicampeão olímpico brasileiro; a dupla Sandra Pires e Jackie Silva (vôlei de praia), primeiras mulheres brasileiras campeãs olímpicas; e Vanderlei Cordeiro de Lima (atletismo), primeiro e, até então, único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin, maior honraria do Comitê Olímpico Internacional (COI). O evento acontecerá na cidade do Rio de Janeiro, no Teatro Bradesco.

O COB indicará, anualmente, os homenageados e estes devem obedecer a alguns critérios estabelecidos pelo próprio Comitê:

– O atleta deve ter, no mínimo, cinco anos de aposentadoria e ter participações relevantes em Jogos Pan-Americanos ou Olímpicos;

– Os técnicos devem ter, no mínimo, 10 anos atuando no alto rendimento e ter contribuído para participações relevantes em Jogos Pan-Americanos ou Olímpicos;

– Ter promovido o olimpismo, vivenciando ao longo da carreira os valores olímpicos de respeito, coragem, igualdade, determinação, superação e busca por excelência, servindo de inspiração para as novas gerações.

Além disso, o COB publicará também um site com o perfil de cada homenageado, com imagens, entrevistas e as conquistas mais importantes da carreira de cada um deles.

O lançamento deste Hall da Fama acontecerá paralelamente ao Prêmio Brasil Olímpico, evento que presta homenagens aos atletas brasileiros que ainda competem e representam o nosso país.

Todos os detalhes de ambos os eventos podem ser consultados no site oficial do Comitê Olímpico Brasileiro.

Larissa Latynina: ‘Cada época tem suas lendas’

0
Larissa Latynina durante entrevista ao El País, em dezembro de 2018.
Larissa Latynina durante entrevista ao El País, em dezembro de 2018.

A ginasta russa Larissa Latynina (83), que competiu pela União Soviética nas Olimpíadas de Melbourne (1956), Roma (1960) e Tóquio (1964), tendo conquistado dezoito medalhas olímpicas, sendo nove de ouro, um recorde que ela manteve por décadas, esteve em Madrid, Espanha, para receber o prêmio “Lenda”, promovido pelo jornal esportivo Diario As, no último dia 9 de dezembro.

Durante sua passagem pela cidade madrilenha, a ex ginasta concedeu uma entrevista ao jornal espanhol El País, na qual falou sobre sua infância, os horrores vividos durante a Segunda Guerra Mundial, carreira e vida pessoal.

Abaixo, a tradução de alguns trechos da entrevista, com Latynina, conduzida pela jornalista Eleonora Giovio.

Pergunta: Qual a vida você leva?

Resposta: Meu ritmo de vida está de acordo com a minha idade [risos]. Quando estou deitada ou sentada, tenho muitos planos em mente, mas assim que me levanto, os planos começam a encolher… Eu moro no campo, em uma pequena aldeia a duas horas de Moscou.

P: A primeira coisa que você faz quando acorda?

R: Eu tento descobrir se está tudo bem e, em caso afirmativo, faço exercícios básicos de ginástica.

P: O que você disse ao Michael Phelps quando se conheceram em Londres ?

R: Minha primeira impressão foi a de que ele é um jovem muito atraente, muito legal e com senso de humor . Infelizmente, eu não falo inglês e ele não fala russo, portanto, a comunicação foi um pouco limitada. Eu dei a ele uma réplica, em cerâmica, de uma medalha comemorativa.

P: Como se consegue 18 medalhas olímpicas?

R:  Eu nunca defini este número como uma meta, apenas fazia o que meu treinador dizia.

P: Simone Biles poderia ganhar essas 18 medalhas?

R: Eu não sei, porque comparado a antigamente, a carreira esportiva de um atleta é muito curta.

P: Por quê?

R: Porque a ginástica se tornou muito complicada. Os exercícios são mais complicados, os elementos também.

P: Como era a ginástica em seu tempo?

R. Quando eu comecei, o solo era feito de madeira, logo depois colocaram um tapete muito fino; depois, entre o tapete e o solo,  começaram a colocar uma tira para amortecer. Quando vejo o solo onde competem agora, acho graça. Eu imagino que isso seria motivo de risadas, se as meninas de hoje vissem como nós competíamos. Tudo foi muito mais rígido no meu tempo. Comecei a praticar ginástica aos 12 anos de idade; Hoje, aos 12 anos, as meninas já competem na categoria júnior.

P. Como eram os treinamentos?

R. No meu tempo, treinávamos três vezes por semana… agora, elas treinam três vezes ao dia.

P. Onde você guarda as medalhas?

R: É secreto!

P. Você gosta da Simone Biles?

R. Eu realmente gosto do que ela faz. Eu gostaria que ela fosse um pouco mais alta, o que me fascina são suas habilidades acrobáticas. O que suas pernas lhe dão nos saltos e no solo é impressionante. Quando a vejo nas barras assimétricas, gostaria que suas séries fossem mais limpas, seus pés estivessem mais retos e seu corpo também durante os giros.

P. O que você lembra da sua infância em Cherson, às margens do Rio Dniepre?

R. Lembro-me da Segunda Guerra Mundial e todas as coisas horríveis que vivi. Eu me lembro dos porões aos quais tivemos que correr para nos esconder quando havia um bombardeio, eu me lembro das bombas. Espero que ninguém, na infância e em nenhuma outra idade, tenha que passar por esses momentos horríveis.

P. Seu pai morreu na batalha de Stalingrado. Você era uma menina. Quem e como lhe explicou o que é uma guerra?

R. Ninguém me explicou. Eu vi com meus olhos. Ainda tenho a imagem gravada em minha memória de quando os alemães entraram em Cherson. Era junho, fazia muito calor e havia muita poeira no ar, lembro que eles chegaram em sidecars. Foi a primeira vez que vi isso. Eles eram dirigidos por policiais, vestindo uniformes verde-oliva e grandes óculos com lentes escuras, usando algo metálico preso em seus peitos. Eu tenho essa imagem na minha memória. Minha mãe decidiu que a melhor coisa era eu deixar Cherson, mandando-me para uma pequena cidade nos arredores, com seus parentes. Ela me fez uma mochila e encheu com pães secos. Quando ela colocou em mim, perdi o equilíbrio e caí de costas. Eu me lembro do quanto ela chorou porque o pão seco foi esmagado. Eu tenho imagens horríveis de guerra em minha memória; Eu as vivi na infância, mas elas ainda estão aqui. Eu sempre tento evitá-los.

P. A ginástica era seu refúgio?

R. Sim, com o balé e a ginástica, as imagens da guerra desapareciam.

P: Falam de você como uma heroína. Você já se sentiu assim?

R. Eu nunca me senti como uma heroína. Para começar, eu só descobri que tinha o recorde de medalhas olímpicas em 1978. Até então, eu não sabia nada sobre heroísmo e lenda.

Q. Como você descobriu?

R: Trabalhei na organização dos Jogos de Moscou, em 1980, e recebi pelo correio uma cópia de um artigo publicado na Checoslováquia. Havia uma longa lista de atletas com medalhas olímpicas e vi que meu nome era o primeiro. O segundo era o de Paavo Nurmi e o terceiro Mark Spitz.

P. Do que você mais se orgulha?

R. Mais do que orgulhosa, me sinto agradecida que as pessoas se lembrem de mim; aqueles que têm mais de 35 ou 40 anos. A juventude não me conhece, mas eu entendo, porque cada época tem suas lendas.

Q. Quem foi a sua?

R. Nina Bocharova [ginasta russa que ganhou quatro medalhas nos Jogos de Helsinque, 1952]. Eu gravei sua imagem nas barras assimétricas, era incrível o quão flexível ela era. Sempre que a via, sonhava em fazer o mesmo. Agora ela tem 94 anos, vive em Kiev, nós não nos vemos há cinco anos, mas eu sei que ele ainda sobe em árvores.

P. Como você ficou quando os escândalos de abusos na ginástica americana vieram à tona?

R. Eu ouvi alguma coisa, mas consegui informações bastante limitadas. No meu tempo como ginasta e treinadora, isso não existia. São coisas que não podem ser permitidas; Eu sou contra qualquer tipo de maltrato, deve haver respeito entre uma ginasta e seu treinador. Na escola de ginástica que leva meu nome, havia a treinadora de duas ginastas muito talentosas, mas ela era muito agressiva. Ela as espancava e usava palavras muito duras. Quando eu a chutei, as duas ginastas foram com ela… Eu tive muita sorte na minha vida. Em Kherson, eu tive um excelente treinador . Minha primeira medalha de Melbourne, foi dada a ele. Eu não teria conseguido isso sem o trabalho dele.

A entrevista completa de Larissa Latynina está disponível no site do El País, em espanhol.